A invenção de um mundo

22-11-2010 09:18

 Priscila da Cunha Silva

Prof. Luiz Buffoni – Rádio I – 4º semestre

Exposição: “A invenção de um mundo” – Itaú Cultural

 

A exposição no Itaú Cultural, teve como apresentação os educadores Jean e Helena, com curadoria de Eder Chiodetto e Jean-Luc Monterosso, trabalha com o tema “A invenção de um mundo”, questionando a realidade e a ficção no mundo da fotografia e vídeos. É interessante porque se pode tirar várias conclusões de cada obra, cada detalhe importante que faz toda a diferença, a discussão e conceito que as obras podem transmitir a quem a observa.

São obras de artístas como, o Italiano Paolo Ventura, ele conta o tempo em que viveu na segunda guerra por meio de imagens, que a primeiro olhar parecem de verdade, mas são bonecos, então ele cria, simula situações e ambientes de uma realidade, assim trabalha também Christian Carez com as lembranças da guerra, ele usa aviões e um clima de suspense para identificar.

Interessante também foi a exposição das fotografias de plantas em preto e branco de Joan Fontcuberta em 1982/1985, ele trabalhou essas imagens em preto e branco para desviar uma realidade e assim imaginar outras situações, pra não deixar a imagem tão clara e assim permitir uma discussão na compreensão da imagem. Les Krins que monta as cenas de um assassinato, trabalha com exagero no sangue, fotos que parecem mesmo para evidências de perítos. As obras de Georges Rousse em 1994 que trabalha com perspectiva, sensação de volume e processo colorido por destrição dos corantes – Brétigny. As obras de Vik Muniz, feitas com arames, mas que só é possível perceber de perto, porém de longe parecem desenhos feitos a lápis; obras de Sarah Moon, que trabalha com imagens de moda e publicidade, como A Estátua, A Gaivota e As duas irmãs.

Achei interessante também um vídeo de Laurent Grasso, chamado O Nevoeiro que dá a sensação desse nevoeiro nos alcançar enquanto caminhamos ou corremos. O vídeo também de Tim Parchikov, chamado A caixa de fósforo, um momento de prazer e lembrança para um jovem que poucos minutos depois é executado. A artísta Orlan que questiona a beleza imposta, então ela se mutila para se fotografar, e mostra assim a imagem de uma beleza construída. As obras feitas por Valérie Belim, que mostra as modificações do rosto de Michael Jackson. Martial Cherrier apresenta de certa forma o mundo em que vivemos num tema “Voe ou morra”, representados por borboletas e corpos de homens com anabolizantes, totalmente deformados.

Todas as obras nos deixam mais curiosos de entender e questionar muito além do que se tem, nos permite imaginar esse mundo de invenção.